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Tudo menos a chuva

Eu estava relaxado no sofá assistindo ao noticiário, como faço rotineiramente, enquanto a chuva caia lá fora, criando uma melodia repetitiva enquanto as gotas caíam nos vidros da janela. De repente um trovão caiu, e o meu coração quase explodiu no susto. Peguei a minha pipoca e comecei a ver a notícia de um assassino que estava vagando pela cidade. Obviamente eu fiquei com medo e comecei a me preocupar com a minha segurança.

"Olá, querida! Você está aí?" Liguei para minha namorada para informá-la sobre isso. "Você viu as notícias na TV agora? Você está bem?"

"Eu sabia disso. É melhor eu ir pra sua casa, eu estou um pouco apavorada. Bem, eu estou indo. Até logo." Ela respondeu.

"Querida, não,  está chovendo e é perigoso... Hey!" Filha da mãe... Ela ela desligou a chamada antes do meu último aviso.

Andei pela casa e tranquei todas as portas e janelas. Voltei para o sofá e continuei no noticiário para ver se teria mais alguma informação, e claro, fiquei morrendo de preocupação com a minha namorada.

TOC TOC!

"Já vou!" eu gritei, mas com um sentimento estranho. Me sentia inseguro. Eu tentei olhar pela janela para ver quem era.

"Mulher idiota. Devia ter ficado em casa" eu pensei comigo.

Eu abri a porta para cumprimentá-la e tirá-la daquela tempestade.

Enquanto isso, o telefone celular estava tocando dentro da casa por diversas vezes antes de cair na caixa postal.

"Desculpe, eu não posso ir para sua casa. Meu carro está sem combustível. De qualquer forma, tudo ficará bem, mas não saia de casa. É meio tarde, meu amor, é melhor você dormir."


A chuva caiu ainda mais pesada, ocultando os outros sons no vazio...

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